Oi pai.

Oi pai, como vai você?
Como andam as coisas ai onde você está?
Hoje me peguei pegando em você... Aliás, existe um dia em que eu não pense?

Tocou a música Hallelujah, aquela que eu escutei o dia inteiro no seu funeral. Me bateu um aperto na garganta, que eu nunca tinha sentido antes.

Senti que podia ter passado mais tempo com você, mesmo você dentro daquele caixão pavoroso e me bateu um sintoma de arrependimento.

Não entendo muito bem de onde ele surgiu, já que, depois da tristeza, nunca houve um momento sequer em que eu me arrependesse.

Pai, sei que fiz tudo por você e continuo fazendo mesmo em planos diferentes. Continuo pensando em você em todo momento, e como fica orgulhoso de tudo o que eu ando conquistando nessa minha vida.

Mas sabe pai, as vezes eu queria muito que você pudesse conversar comigo mais do que já conversa. Entendo que você fala e eu infelizmente não consigo escutar, entendo que você me olha mesmo eu não podendo te enxergar.

É que as vezes a saudade é tão grande pai... Você me entende né? E sabe que essas lágrimas que estão descendo enquanto eu escrevo esse texto não são de tristeza. Mas de saudade.

Te encontro nos pequenos detalhes. Te encontro no sol, no céu. Te encontro nos pensamentos e te encontro na saudade.

Te amo pai, espero te reencontrar novamente.

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